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Reflexões sobre o ensino de tabelas de dupla entrada a partir do raciocínio inferencial informal.

A inserção dos conteúdos de Estatística, na disciplina de Matemática, na Educação Básica no Brasil se iniciou
em 1997, tendo sido ratificada em 2018 pela Base Nacional Comum Curricular. Entre seus conteúdos tem-se
a tabela de dupla entrada, que deve ser ensinada desde o segundo ano do Ensino Fundamental. Esse tipo
de tabela traz no seu bojo o teste de hipóteses, de forma informal, sobre possíveis relações entre variáveis
categóricas, a partir do exame e escolha da frequência relativa mais adequada, seja por linha, coluna ou total,
a depender de qual é a variável dependente ou independente. Explicitar esses elementos permite desenvolver
o raciocínio estatístico e elaborar perguntas críticas, na argumentação e apropriação da conjectura em
investigação. Visando contribuir com a formação de leitores letrados estatisticamente, este artigo analisa as
respostas de 79 estudantes de um curso de licenciatura em Matemática de duas universidades públicas e 17
professores que ensinam Matemática na Educação Básica, na resolução de um teste de hipótese informal a
partir de uma tabela de dupla entrada. Como referencial teórico utilizamos o raciocínio inferencial informal
proposto por Makar e Rubin. Os resultados indicam que a maioria dos participantes não consegue determinar
a frequência relativa mais adequada à tarefa, o que possivelmente inviabilizará uma argumentação
consistente baseada nos dados, indicando a necessidade de maior atenção ao raciocínio estatístico
subjacente na leitura e construção desse tipo de tabela. Dessa forma, propomos um checklist de perguntas
que pode subsidiar o ensino de tabelas de dupla entrada a partir do raciocínio inferencial informal.


Autor(s): Irene Maurício Cazorla, Miriam Cardoso Utsumi, Thiago Campos de Oliveira

Orientador(s):

Anexos: PDF icon 1569-texto_do_artigo-7461-1-10-20201231.pdf

Data da publicação: 10/12/2020